Palestrante: Dra. Lizandra Viana Maurat da Rocha (IMA/UFRJ)
Dia: 22/08
Horário: 14h
Título: Sistemas nanoestruturados para carreamento e potencialização de bioativos.
Resumo: Bioativos são substâncias benéficas para a saúde que podem ser encontradas em alimentos, vegetais, microorganismos e outros materiais biológicos. Essas substâncias têm a capacidade de modular processos bioquímicos e fisiológicos, em ecossistemas e organismos, exercendo atividade catalítica, antioxidante, anti-inflamatória, antimicrobiana, antitumoral, antiamiloide, entre outras. Desta forma, através de diversos tipos de mecanismos de ação, bioativos ajudam a detectar, prevenir, retardar ou interromper processos patológicos associados a danos ambientais, disfunções, moléstias e doenças. Alguns dos bioativos mais comumente aplicados como medicamentos, cosméticos, teranósticos e nutracêuticos podem ser encontrados em uma variedade de óleos essenciais e de alimentos funcionais, como frutas, legumes, grãos, ervas, especiarias e chás. Eles abarcam compostos das categorias dos polifenóis, carotenoides, fitoesteróis, flavonoides, ácidos graxos ômega-3 e probióticos. Sua importância advém da demanda crescente pela remediação ambiental, prevenção e controle de doenças crônicas, o fortalecimento do sistema imunológico, a redução do risco de certos tipos de câncer e o suporte ao funcionamento adequado do organismo. O desenvolvimento de sistemas nanoestruturados para o carreamento e a otimização destes bioativos é uma área latente e promissora, pois permite melhorias na sua absorção, estabilidade e direcionamento específico para os alvos, órgãos, tecidos ou células de interesse, além de permitir sua liberação modificada - sustentada ou controlada. Existem diferentes tipos de sistemas nanoestruturados: nanocompósitos, nanopartículas (sendo elas nanotubos, fios, cápsulas, esferas…), nanossomas, micelas, nanofilmes e compostos nanoporosos. Esses materiais, cujas dimensões, em escala nanométrica, repercutem em propriedades diferenciadas, podem ser de natureza polimérica, metálica, lipídica ou magnética. Numa abordagem mais sofisticada, modificações na superfície dos nanossistemas possibilitam ainda a incorporação de ligantes específicos, como anticorpos, promovendo especificidade e assim evitando a degradação e opsonização do bioativo. Essa área de pesquisa bionanotecnológica tem grande relevância e um alto potencial para avanços no campo da medicina, veterinária, nutrição, terapia genética e meio ambiente, permitindo o desenvolvimento de materiais para aplicação em sistemas de recuperação sanitária, produtos para o bem-estar e terapias mais eficazes e personalizadas.
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