Nascida no Rio de Janeiro, em 24 de outubro de 1924, a professora Eloisa Biasotto Mano foi a cientista que criou e deu nome ao Instituto de Macromoléculas (IMA) da UFRJ. Formada em Química, Eloisa teve a ideia de criar um grupo de pesquisa em polímeros após uma viagem à Bélgica na qual participou da reunião internacional de Química Macromolecular, em 1967. Após investigar quais eram as fontes de financiamento para pesquisas existentes no país, chegou ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (na época, apenas BNDE), que oferecia recursos por meio do programa Funtec. A partir de então, foram criadas as condições para que o IMA fosse inaugurado em 1976.
A professora Eloisa Mano atuou de modo dinâmico para expandir as fronteiras do IMA com países em que a ciência e a tecnologia de polímeros tivesse importância na difusão do desenvolvimento na área. Ela dirigiu o instituto até a aposentadoria compulsória, ocorrida em 1994, e coordenou a orientação de dissertações de mestrado e teses de doutorado. Publicou doze livros de autoria individual e em parceria e ainda é detentora de seis patentes de invenção.
Em 1978, Eloisa Mano se tornou membro da Academia Brasileira de Ciências e foi representante do Brasil na Divisão Macromolecular da International Union of Pure and Applied Chemistry (Iupac) de 1979 a 1993, sendo também coordenadora da Subcomissão de Polímeros do Instituto Brasileiro do Petróleo de 1982 a 1991.
O gabinete da professora foi transformado em museu em 2019. Os livros, tanto de sua autoria como do acervo particular, os manuais técnicos e teóricos de estudos e trabalhos, a compilação de conferências, publicações científico-tecnológicas, seminários de mestrado, as dissertações e teses de orientandos de mestrado e doutorado, diversos dicionários, revistas, periódicos e outros materiais direcionados aos polímeros e seus derivados, bem como painéis, mapas, certificados recebidos de instituições públicas, fotos e inúmeras cartas de agradecimento de membros de universidades e instituições internacionais visitadas por ela são mantidos no acervo do museu, que fica no Centro de Tecnologia (CT) da Universidade.
Fonte: CONEXÃO UFRJ